O povo cearense é muito criativo e isso nota-se nas ruas, nas bicicletas adaptadas para carregar frutas, acessórios e nas vestimentas. Pareciam cenários e figurinos retirados de um espetáculo. O artesanato local é lindo. Desde os bonecos confeccionados em cerâmica até os artefatos em couro, como sandálias, chapéus, bolsas, chaveiros e carteiras. O destaque também vai para as rendas e bordados, presentes em trilhos de mesa e roupas. Tudo feito com muito capricho. Na nossa mala, vamos levar também alguns cordéis que encontramos por aqui.
O centro de artesanato é cheio de esculturas incríveis, lá são fabricados também tambores e outros instrumentos musicais.
Centro de Artesanato de Juazeiro do Norte
À tarde, fomos para o local da nossa última apresentação: a Associação Maria Mãe da Vida que oferece cursos diversos para mulheres em situação de risco de Juazeiro do Norte. Entre os cursos oferecidos pela associação estão artesanato, bijuteria, dança , violão, costura camareira, cabeleira, coral e idiomas.
Quando chegamos, às 14 horas, estava ocorrendo a aula de dança, e as meninas estavam mandando muito bem!
Chegou o momento da apresentação e o público estava ansioso e mas bastante atento. Foram mais de 80 espectadores, em sua grande maioria mulheres. As cenas românticas foram muito bem aceitas, como O Urso e O Espirro. As crianças vibraram com as cenas da obra O Pequeno Príncipe. Para a atriz Graciane Pires houve um desafio quando a cena de Sempre Aquela Velha História... foi solicitada, pois muitas das mulheres que a associação atende são vítimas de alguma espécie de violência. O tom da cena precisou ser pensado durante a preparação corporal e vocal para que não houvessem mal entendidos: como acentuar, na cena, a força feminina de luta e de busca por espaço, não deixando de lado a comicidade característica que o fragmento propõe? E, como era esperado, a cena foi solicitada e aconteceu com bastante aceitação do público, que riu e compreendeu a cena como parte de uma realidade.
No final da tarde, embarcamos para João Pessoa - Paraíba, onde passaremos os próximos dois dias, antes de seguirmos para a cidade de Cajazeiras.
O Cariri deixou em nós a melhor sensação possível e uma grande vontade de retornar. Nos cinco dias em que estivemos nas cidades, a equipe do SESC, o público e as cidades nos receberam com muita hospitalidade e alegria. A experiência não poderia ter sido melhor. Fica a sensação de dever cumprido, e também, o gostinho de "quero mais". Quem sabe no próximo ano?
E tem mais apresentações!!!
Aguardem mais postagens por aqui...
Abraços!
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